quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

PROJETOS EM ANDAMENTO - ESCOLAS EM MOVIMENTO

GESTAR –JOINVILLE -SC



Planejamento das oficinas


Dia : 27 de outubro

1° momento: Projetos em andamento - Escolas em movimento

Os cursistas relataram como estão os processos aplicados em relação aos projetos desenvolvidos.
Essa etapa foi de suma importância, pois foi um momento em que o grupo pode refletir, tirar dúvidas em relação aos processos aplicados, pois outros educadores ou até mesmo, gestores, têm a dificuldade de entender que o ensino não é só aquele que compete somente dentro da sala de aula, que trabalhar um filme com os alunos, não é “matar” aula, que teatro não é brincadeirinha de passar tempo, que trabalhar curtas é perder tempo e não faz parte do ensino. Pelo contrário, o aluno tem que pesquisar, ler, entender o que leu, discutir, refletir, trabalhar a essência da obra, transpor a temática para o seu contexto (caso queira adaptar a obra lida), expressar-se fisicamente e oralmente, manifestar-se artisticamente, dominar meios tecnológicos, saber trabalhar em equipe, organizar-se, aprende a ter responsabilidade com a equipe, etc...
Mas como diz o ditado..."A ÁRVORE QUE DÁ MAIS FRUTOS É A QUE MAIS RECEBE PEDRADAS”
Na educação como em tudo que projetamos para nossas vidas, não devemos desistir, barreiras, pedradas virão, mas os frutos serão doces e a colheita, recompensará todo o esforço.
No 2° momento:os cursistas expuseram as atividades relacionadas ao TP5.

A professora Cleusa trabalhou com os alunos a atividade da página 181 a 185., A lógica do(no) texto. Tendo como objetivo identificar relações lógicas de temporalidade e de identidade na construção de sentidos do texto.
“Expliquei que um texto não é um simples amontoado de frases. Ele deve estabelecer uma unidade de sentidos para que o leitor/ouvinte possa construir o mundo textual por meio da leitura ou interpretação. Tanto a leitura como a produção de um texto devem ser orientados por pistas a respeito de como organizar as informações veiculadas no texto. Procurar “arrumar” as informações de modo que elas façam sentido, sejam coerentes.
Escolhi primeiro a atividade da página 182: Acerte o nó. Distribuí cópias e eles tinham que responder as questões propostas. Para isto eles tiveram que desenvolver certas atividades mentais que os levaram a “reconstruir” as laçadas de cada emaranhado. Eles tiveram que recompor as possibilidades e rejeitar as que não conduziam à solução desejada. Eles seguiram as pistas que levaram à solução.
Na interpretação e na elaboração de um texto, fazemos algo semelhante. Organizamos o “emaranhado” para que faça sentido. Seguimos uma lógica, um fio de raciocínio coerente.
A relação de temporalidade foi trabalhada com a atividade da página 183, quanto à sequência e à comparação do texto verbal com o texto visual. Também distribuí cópias para trabalhar esta atividade.”

Seção 1
A lógica do(no) texto
Identificar relações lógicas de temporalidade e de identidade na construção de
sentidos do texto.

Objetivo
da seção
Já vimos, em outras unidades, que um texto não é um simples amontoado de frases; um texto é um texto porque estabelece uma unidade de sentidos. Esta unidade de sentidos está ligada à possibilidade de o leitor/ouvinte (re)construir o mundo textual por meio da leitura ou interpretação. Definida como coerência textual, essa continuidade de sentidos se apóia, em grande parte, em relações de sentido que organizam as idéias do texto de uma maneira lógica. Essas relações constituem uma espécie de “fio condutor” para o raciocínio dos ouvintes/leitores.
Pela coerência textual, o leitor/ouvinte (re)constrói um mundo textual, representa uma leitura possível do mundo real. Não precisa coincidir com a versão estabelecida do mundo real, tal como o conhecemos: o importante é que, também nesse mundo textual, as relações de sentido tenham coerência, façam sentido.
Na Unidade 18, vimos, por exemplo, como um gato pode ser reconhecido numa fotografia ou num quadro, apesar das evidentes diferenças. Cada uma das figuras representa um "gato" em seu respectivo "mundo": na nossa experiência do dia-a-dia ou num universo criado pela arte do pintor. Assim são os textos: sua coerência não depende da existência real, ou não, de um cavalo alado, por exemplo; depende da criação de um "mundo" em que possam existir cavalos alados, como na ficção.

Lembrete

Para que os "mundos" criados textualmente possam apresentar coerência, a partir de idéias ou informações, um texto também organiza essas idéias de forma lógica. Por isso, tanto a leitura quanto a produção de um texto são orientadas por pistas a respeito de como organizar as informações veiculadas no texto. O leitor – ou produtor – atento procura por essas pistas junto com as informações. Essas pistas marcam as relações lógicas. Os raciocínios que precisamos fazer para solucionar "desafios" são muito semelhantes às estratégias de interpretação dos mundos textuais: procuramos sempre "arrumar" as informações de modo que elas façam sentido, sejam coerentes.


A lógica do (no) texto
Seção 1
182

Atividade 1
a) Qual foi sua resposta?

Observe o joguinho abaixo:

b) Como você chegou a essa conclusão?


Para chegar à solução, você, como leitor(a), teve que desenvolver certas atividades mentais que o levaram a "reconstituir" as laçadas de cada emaranhado. Você teve que comparar possibilidades e rejeitar as que não conduziam à solução desejada. Você seguiu as "pistas" que levaram à solução do quebra-cabeças.
Na interpretação de um texto, fazemos algo semelhante: reconstituímos mentalmente toda a textualidade para depreender daí os sentidos responsáveis pela organização desse "emaranhado" como um texto, para que não seja apenas um emaranhado de frases e palavras, mas faça sentido e represente uma interpretação de mundo possível.
Por outro lado, na elaboração de um texto, seguimos procedimentos semelhantes àqueles exigidos para a solução do desafio das laçadas acima: precisamos dar "pistas" para que os leitores consigam "reconstituir" nossas idéias e intenções. E, para que cumpram seu objetivo de criar um texto coerente e coeso, essas "pistas" devem seguir uma lógica, um fio de raciocínio coerente. Uma das relações lógicas que mais freqüentemente sustentam a coerência.

Atividade 2
a) Que seqüência seria lógica? Por quê?

Observe essa seqüência de fotos.

b) Compare as informações dadas pelo texto verbal e pelo texto visual (as quatro fotos):
Por que precisamente essas imagens estão junto a esse texto?

c) O que o leitor deve entender por “redução compensada”? Por quê?


A lógica do (no) texto
Seção 1
184
Indo à sala
de aula

Segundo a Organização Mundial da Saúde, chama-se preservação à ação de proteger um ecossistema ou espécies animais e vegetais ameaçadas de extinção, adotando-se medidas preventivas e de vigilância adequadas.
Textos como esse utilizado na atividade 2 podem se prestar a discussões e reflexões sobre a preservação do meio ambiente.
Para perceber a mudança no estado de coisas que a atividade 2 aborda, precisamos comparar as situações mostradas. A operação lógica de comparação é fundamental para a construção de outras relações lógicas. É comparando as fotos que vemos que a relação de temporalidade está ligada à ordenação inevitável dos fatos ou eventos: nosso conhecimento de mundo nos ensina que uma árvore está parcialmente cortada antes de o estar completamente e cair.
As relações lógicas de temporalidade têm a função de localizar os fatos ou eventos referidos pelo texto em “tempos” relacionados ao momento da interação. Temos, em língua portuguesa, uma classe gramatical caracterizada por essa função: a flexão dos verbos é responsável por marcar a maioria dessas relações, mas expressões substantivas e pronominais (por exemplo, esta semana, próximo ano), advérbios (por exemplo, agora, amanhã) ou mesmo preposições (por exemplo, depois, antes) também têm papel determinante nessa localização. Por exemplo, o presente do indicativo associado a “próxima semana” levará a ação para o futuro; associado a “ontem”, a levará para o passado.

Importante

Nem sempre a temporalidade é expressa por elementos lingüísticos; muitas vezes apenas a ordem em que os fatos são relatados serve para que possamos, como leitores, (re)construir a lógica de sua cronologia. Na atividade 2, por exemplo, as fotos colocadas em sua seqüência de acontecimentos seriam suficientes para “contar” a história do corte das árvores. Mas, muitas vezes, são justamente as expressões lingüísticas que permitem organizar nosso raciocínio em termos do tempo dos acontecimentos para que o texto tenha coerência.


185
Relações lógicas no texto

Vimos, em unidades anteriores, que a textualidade é constituída a partir de relações de coerência textual e de mecanismos lingüísticos de coesão. A coerência pode ser definida como um princípio de interpretabilidade decorrente da capacidade do texto de agir como unidade, remetendo a um sentido global. A coesão é o conjunto de interligações que os elementos lingüísticos de um texto apresentam de modo a construir um mundo textual coerente.
Pode-se dizer, por isso, que a coerência estabelece a harmonia do texto com o mundo exterior; a coesão é uma construção harmoniosa entre as relações de sentido internas ao texto.

Lembrete

A interpretação de um texto envolve, assim, tanto o seu produtor quanto seu leitor/ouvinte, pois ambos precisam estar engajados na situação sócio-comunicativa que produz os sentidos: um fornece as “pistas” que o outro deve “decifrar”. Assim, as relações lógicas em um texto não são apenas uma organização formal de idéias, mas devem fazer sentido para os interlocutores; devem “ser lógicas” em relação a um determinado contexto. Um texto, para produzir sentidos, deve fornecer informações adequadas para que o leitor/ouvinte seja capaz de construir uma representação coerente do mundo textual, ativando conhecimentos prévios ou chegando a algumas conclusões a respeito do conjunto de informações lingüisticamente organizadas.
O reconhecimento de que tipo de relações lógicas tais informações estabelecem depende do reconhecimento de como as marcas, ou pistas, sobre essas relações estão organizadas no texto.

Importante

A atividade de leitura, ou interpretação, poderá, assim, envolver não apenas o nível lingüístico, como também conhecimentos prévios e conclusões que o leitor seja induzido a tirar a partir de idéias articuladas pelo texto. O leitor e o produtor do texto são uma espécie de “estrategistas”, situados em um determinado contexto, jogando o “jogo dos sentidos”.

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