terça-feira, 27 de março de 2012

A fábula do banqueiro.

Certa tarde, um famoso banqueiro ia para casa em sua "limousine"
quando viu dois homens à beira da estrada, comendo grama.
Ordenou ao seu motorista que parasse e, saindo, perguntou a um deles:
Porque vocês estão comendo grama?
Não temos dinheiro para comida.. - disse o pobre homem - Por isso
temos que comer grama.
Bem, então venham à minha casa e eu lhes darei de comer - disse o banqueiro.
Obrigado, mas tenho mulher e dois filhos comigo. Estão ali, debaixo
daquela árvore.
Que venham também - disse novamente o banqueiro. E, voltando- se para
o outro homem, disse-lhe: Você também pode vir.
O homem, com uma voz muito sumida disse: Mas, senhor, eu também tenho
esposa e seis filhos comigo!
Pois que venham também. - respondeu o banqueiro.E entraram todos no
enorme e luxuoso carro.
Uma vez a caminho, um dos homens olhou timidamente o banqueiro e disse:
O senhor é muito bom.. Obrigado por nos levar a todos!
O banqueiro respondeu: Meu caro, não tenha vergonha, fico muito
feliz por fazê-lo! Vocês vão ficar encantados com a minha casa... A
grama está com mais de 20 centímetros de altura!

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Quando você achar que um banqueiro (ou o banco que você utiliza) está
ajudando-lhe, não se iluda,
pense mais um pouco antes de aceitar qualquer acordo...

É por isso que toda vez que um Banco me liga oferecendo isto ou aquilo,
a minha resposta é sempre a mesma: Se isso fosse realmente bom pra mim,
vocês não estariam me oferecendo. . .

AUTOR DESCONHECIDO

segunda-feira, 19 de março de 2012

Um boi vê os homens

Tão delicados (mais que um arbusto) e correm
e correm de um para outro lado, sempre esquecidos
de alguma coisa. Certamente, falta-lhes
não sei que atributo essencial, posto se apresentem nobres
e graves, por vezes. Ah, espantosamente graves,
até sinistros. Coitados, dir-se-ia não escutam
nem o canto do ar nem os segredos do feno,
como também parecem não enxergar o que é visível
e comum a cada um de nós, no espaço. E ficam tristes
e no rasto da tristeza chegam à crueldade.
Toda a expressão deles mora nos olhos - e perde-se
a um simples baixar de cílios, a uma sombra.
Nada nos pêlos, nos extremos de inconcebível fragilidade,
e como neles há pouca montanha,
e que secura e que reentrâncias e que
impossibilidade de se organizarem em formas calmas,
permanentes e necessárias. Têm, talvez,
certa graça melancólica (um minuto) e com isto se fazem
perdoar a agitação incômoda e o translúcido
vazio interior que os torna tão pobres e carecidos
de emitir sons absurdos e agônicos: desejo, amor, ciúme
(que sabemos nós?), sons que de despedaçam e tombam no campo
como pedras aflitas e queimam a erva e a água,
e, difícil, depois disto, é ruminarmos nossa verdade.

[Carlos Drummond de Andrade, Claro enigma, 1951]

domingo, 6 de novembro de 2011


20 ANOS CEGO
Há muito tempo atrás, um casal de idosos que não tinham filhos, morava em
uma casinha humilde de madeira, tinham uma vida muito tranquila, alegre, e ambos se
amavam muito.
Eram felizes. Até que um dia...
Aconteceu um acidente com a senhora.
Ela estava trabalhando em sua casa
quando começa a pegar fogo na cozinha
e as chamas atingem todo o seu corpo.
O esposo acorda assustado com os gritos e vai a sua

procura, quando a vê coberta pelas chamas e

imediatamente tenta ajudá-la.
O fogo também atinge seus braços e,
mesmo em chamas,
consegue apagar o fogo.
Quando chegaram os bombeiros
já não havia muito da casa,
apenas uma parte, toda destruída.
Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo,
onde foram internados em estado grave
Após algum tempo
aquele senhor menos atingido pelo fogo
saiu da UTI e foi ao encontro de sua amada.
Ainda em seu leito a senhora toda queimada,
pensava em não viver mais,
pois estava toda deformada,
queimara todo o seu rosto.
Chegando ao quarto de sua senhora, ela foi falando:
-Tudo bem com você meu amor?
-Sim, respondeu ele,
pena que o fogo atingiu os meus olhos
e não posso mais enxergar,
mas fique tranqüila amor
que sua beleza está gravada em meu coração para sempre.
Então triste pelo esposo, a senhora pensou consigo mesma:
"Como Deus é bom,
vendo tudo o que aconteceu a meu marido,
tirou-lhe a visão para que não presencie esta deformação em mim.
As chamas queimaram todo o meu rosto
e estou parecendo um monstro.
E Deus é tão maravilhoso que não deixou ele me ver assim,
como um monstro
Obrigado Senhor!"
Passado algum tempo e recuperados milagrosamente,
voltaram para uma nova casa,
onde ela fazia tudo para o seu querido e amado esposo,
e o esposo agradecido por tanto amor,
afeto e carinho,
todos os dias dizia-lhe:
-COMO EU TE AMO.
Você é linda demais.
Saiba que você é e será sempre,
a mulher da minha vida!
E assim viveram mais 20 anos até que a senhora veio a falecer.
No dia de seu enterro,
quando todos se despediam da bondosa senhora,
veio aquele marido com os olhos em lágrimas,
sem seus óculos escuros
e com sua bengala nas mãos.
Chegou perto do caixão,
beijou o rosto acariciando sua amada, disse em um tom apaixonante:
-"Como você é linda meu amor, eu te amo muito".
Ouvindo e vendo aquela cena
um amigo que esta ao seu lado
perguntou se o que tinha acontecido era milagre.
Pois parecia que o velhinho parecia enxergar sua amada.
O velhinho olhando nos olhos do amigo,
apenas falou com as lágrimas rolando quente em sua face:
-Nunca estive cego,
apenas fingia,
pois quando vi minha amada esposa toda queimada e deformada,
sabia que seria duro para ela continuar vivendo daquela maneira.
Foram vinte anos vivendo muito felizes e apaixonados!
Foram os 20 anos mais felizes de minha vida.
E emocionou a todos os que ali estavam presentes.

DESABAFO

Na fila do supermercado, o caixa diz a uma senhora idosa:

- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigáveis ao meio ambiente.

A senhora pediu desculpas e disse:

- Não havia essa onda verde no meu tempo.

O empregado respondeu:

- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente.

- Você está certo - responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes. Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões. Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas. Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como? Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar. Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade. Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte. Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos.. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima. Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?

terça-feira, 12 de julho de 2011

Esse é o cara!



"O governo é para servir o povo e não o povo servir o governo".

domingo, 3 de julho de 2011

Obrigada Lucas, muito obrigada mesmo!!!

Lucas Vicente Comassetto - - Aluno de Laguna
Conhecendo uma ilusão e construindo um sonho Eu estava lendo uma postagem feita por um aluno da rede pública, postagem esta que me fez chorar. Chorar de alegria e de tristeza. Lindas palavras, lá na postagem, foram ditas. Depois de lê-la eu li os comentários dos leitores, que pelo visto eram na maioria professores. Ao ler os comentários senti que era minha obrigação escrever um comentário, ou um desabafo a eles. Então escreverei. Sempre estudei em escola pública, sempre fui encorajado e criticado pelos professores e funcionários das escolas pelas quais passei, mas um dia “recebi” um convite, convite para que eu fosse estudar em outra escola, uma escola privada, sendo que eu ganharia uma bolsa de estudos. Pensando no meu futuro resolvi aceitar o convite. Um dos motivos que me fizeram trocar de escola foi que acreditava conseguir melhores condições referentes à educação. Então lá fui eu, todo bobo, achando que eu continuaria feliz e que as coisas só melhorariam. Fiquei um mês estudando na escola pública e na escola privada, esperando o término do bimestre da escola pública para que eu pedisse a minha efetiva transferência. Depois de ter pedido a minha transferência vivenciei, na escola privada, semanas muito difíceis, diria até horríveis. Lá eu vi que o que eu tinha em mente não passava de sonhos, que a realidade era outra. Os alunos dessa escola agiam de uma forma que, a cada aula que eu assistia, mais chateado e frustrado eu me sentia. Cheguei a pensar em voltar para a escola em que eu estudava, só não fiz isso porque pensei que as pessoas ririam da minha cara, achariam que eu estava louco. Então fiquei, triste, mas fiquei. Eu via situações que ainda não tinha visto em nenhuma outra escola pela qual eu já tivesse passado, situações onde os professores era desrespeitados de uma forma que até me fazia chorar. O pior de tudo era vê-los sendo e obrigados a ficarem quietos, sem poder fazer nada. Todas essas situações obrigavam-me a refletir, a tentar descobrir o porquê daquilo tudo. Dessa forma, eu fui levando, conversando com alguns professores da escola, expondo-lhes o que eu sentia, o que eu via e achava que era errado. Foram muitas conversas sobre esses assuntos, muitas trocas de opiniões, muitos sentimentos de impotência, mas continuei firme, tentando seguir em frente. Com todos os acontecimentos na nova escola, a única coisa que eu realmente queria fazer era voltar atrás e retornar à “minha escola”. Então fiz algumas visitas a ela, conversei com os meus amigos, amigos sim, porque é dessa forma que eu via os professores, orientadores, diretores e funcionários em geral. Com todos esses sentimentos de revolta, de solidão, de tristeza, de raiva por ter feito a escolha errada eu continuei, e sempre relembrei os momentos mais felizes da minha vida, momentos em que eu vivi em escolas públicas, escolas que só me fizeram crescer. Escolas que me fizeram ser o que eu sou hoje, escolas que me tornaram um cidadão, um ser humano de verdade que possui sentimentos e que não consegue ficar quieto vendo situações que não eram para estar acontecendo. Foi nessas escolas públicas que eu descobri o que é a educação. Descobri e consegui praticá-la, não só lá, mas em todos os momentos. Hoje, vendo os professores da rede pública em greve, sinto um aperto no coração. Fico tentando imaginar o porquê de os governantes fazerem isso com os professores, o porquê de eles valorizarem dessa maneira a educação. Em meio a tantas perguntas sem respostas eu me deparo com uma afirmação: a escola pública sempre foi e sempre será a minha escola, nunca me esquecerei dela e não permitirei que ela passe pelas mesmas situações que hoje está passando, jamais. Aos professores, eu gostaria de dizer-lhes o meu muito obrigado e de poder, ao menos, dar-lhes um pouquinho de esperança. Não quero ver vocês desistindo! Não, não quero, quero que vocês sigam em frente nessa luta justa e honesta e também quero e espero que vocês sejam reconhecidos. E deixo aqui uma promessa: eu farei o possível para que tudo o que vocês fizeram por mim e por tantos outros alunos não seja em vão. Podem contar comigo e podem acreditar que vocês serão reconhecidos e receberão o valor que lhes é de direito. Agradeço por tudo, professores! Lucas Vicente Comassetto, 3º Ano do Ensino Médio – Laguna, SC

Eu, que sou professora da Escola pública estadual, sei sobre a angústia que esse aluno passou, pois lecionei um tempo em uma escola particular e sofri muitas humilhações, agressões verbais, me chamavam, até os professores e coordenadores, de professorinha do estado, MAS VOU DIZER QUE PREFIRO MIL VEZES SER A PROFESSORINHA DO ESTADO, FELIZ, DO QUE SER UMA PROFESSORA FRUSTRADA E TRISTE, E MAIS, O CONTEÚDO PROGRAMÁTICO FLUIA MAIS NO ESTADO DO QUE NO PARTICULAR, AMO , AMO, AMO A ESCOLA PÚBLICA, AMO MEUS ALUNOS, SE ESTOU EM GREVE HOJE, É PARA DAR UM BASTA EM TANTO DESVIOS DE VERBAS, DAR UM BASTA À DESVALORIZAÇÃO DO PROFESSOR, DAR MELHORES CONDIÇÕES DE ENSINO AOS ALUNOS, QUE AS VERBAS SEJAS REALMENTE PARA MELHORAR AS ESTRUTURAS DAS ESCOLAS.
PROFESSOR, EU TAMBÉM CHOREI AO LER A CARTA DE LUCAS, VALEU QUERIDO!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Parábola do Muro

Havia um grande muro separando dois grandes grupos. De um lado do muro estavam Deus, Seus anjos e pessoas leais a Ele. Do outro, satanás, seus demônios e todos os humanos que não servem a Deus. E em cima do muro havia um rapaz indeciso, que havia sido criado num lar cristão, mas que agora estava em dúvida se continuaria servindo a Deus ou se aproveitaria um pouco os prazeres da carne. Sem iniciativa, ouvia o grupo do lado de Deus gritar sem parar:
- Ei! Desce do muro agora! Vem pra cá!
Já o grupo do inimigo não gritava e nem dizia nada. Essa situação continuou por um tempo, até que o rapaz inerte resolveu perguntar ao diabo:
- O grupo do lado de Deus fica o tempo todo me chamando para descer e ficar do lado deles! Por que você e seu grupo não me chamam, nem dizem nada para me convencer a descer para o lado de vocês?
Grande foi sua surpresa quando satanás respondeu:
- É porque o muro é meu.

Autor desconhecido