quinta-feira, 16 de julho de 2009

Relatando ideias

Joinville, 14 de Julho de 2009.

4ª oficina; GESTAR II em Santa Catarina.

Formadora: Márcia Gandolfi Cristofolini.


Dia : 14 de Julho


1° momento: Contação de história feita pela formadora Márcia. Conto Notícias do céu. E leitura de crônica de Luís Fernando Veríssimo pela formadora Giuvana.

2° momento: Socialização do Diário de leitura. A cursista Edna nos presenteou pela manhã com uma bela mensagem, Recomeçar de Paulo Roberto Gafhe.

(...) Recomeçar é dar uma chance a si mesmo, é renovar as esperanças na vida e o mais importante, acreditar em você de novo.
Sofreu muito nesse período?
Foi aprendizado.

Chorou muito?
Foi limpeza da alma.

Ficou com raiva das pessoas?
Foi para perdoa-las um dia.

Sentiu-se só por diversas vezes?

É porque fechaste a porta para os anjos. (...)

3° momento: Socialização da atividades desenvolvidas pelos alunos. Como todo bom formador também é professor, trouxe algumas atividades desenvolvidas pelos alunos da 8ª série e Ensino Médio. A partir da leitura “História de amor” de Regina Coeli Rennó, houve um debate entre os alunos enfocando o gênero, a forma trabalhada (linguagem não verbal), a personificação, o entendimento em relação à metáfora no desfecho da obra. Após a discussão, os alunos em equipes, criariam uma história com linguagem não verbal e tendo como personagens , seres inanimados. Montaram os livros para serem expostos na escola. Alguns livros ficaram fantásticos, outros tiveram que rever a história para dar coerência a essa, tinham a idéia na mente, mas não estavam conseguindo organizar as cenas para haver o entendimento. A maioria conseguiu o objetivo esperado.


4 momento: atividade relacionada à imagem. A partir da imagem, os cursistas deveriam elaborar uma aula.



Surgiram muitas idéias interessantes como: Fazer as leitura ao contrário, de baixo para cima, partindo da atualidade para o passado, fazendo uma comparação entre o passado e os tempos atuais, a partir da leitura os alunos desenvolveriam paródias, poesias partindo do enfoque: Existe preconceito em relação ao índio no Brasil?

Já outros apresentariam a gravura a seus alunos, oportunizariam a pesquisa, o debate e visitariam uma aldeia indígena, Araquari , depois os alunos desenvolveriam peças teatrais, declamações de poemas que tenham como temática o índio e também histórias em quadrinhos.

Para outro grupo a partir da leitura da imagem, levariam os alunos para pesquisar na sala informatizada, sobre a origem indígena, costumes, comidas, idioma, artesanato e os alunos poderiam elabora cadernos de receitas, apresentações ou mesmo um dicionário com palavras que utilizamos no dia a dia como nomes de cidades, fauna e flora, mas não sabemos seu significado.

Muitos aproveitariam para envolver outras disciplinas, já elaborando um belo projeto interdisciplinar, desde a história, artes (pinturas corporais e seus significados); matemática (gráfico das tribos que havia e as poucas que ainda restam) religião (crenças; ervas, pajelança); português (teatro das lendas).
Toda as sugestões foram muito interessantes. Nossos cursistas são nota 10.
5° momento: Um boi vê os homens Carlos Drummond de Andrade – atividades e socialização. Após a leitura do texto, houve um debate sobre o poema, alguns professores disseram que não era viável trabalhar esse poema com os alunos, por ser melancólico demais, outros que sim, Mostrei a eles que era viável e muito “(...) , pois já havia trabalhado o mesmo texto com a 7ª e 8ª série, tendo excelentes resultados, basta o professor direcionar o olhar do aluno, fazê-lo pensar e não pensar por ele, instigá-lo até chegar ao ponto em que de fato houve a compreensão do texto para então, chegar na proposta. Então, assim como no poema, o eu lírico vê filosoficamente os homens, eles criariam um poema tendo como eu lírico, um outro animal como cão; pássaro; serpente; etc; ou um objeto ou mesmo, uma velha árvore.


Um boi vê os homens



Tão delicados (mais que um arbusto) e correm
e correm de um para o outro lado, sempre esquecidos
de alguma coisa. Certamente falta-lhes
não sei que atributo essencial, posto se apresentem nobres
e graves, por vezes. Ah, espantosamente graves,
até sinistros. Coitados, dir-se-ia que não escutam
nem o canto do ar nem os segredos do feno,
como também parecem não enxergar o que é visível
e comum a cada um de nós, no espaço. E ficam tristes
e no rasto da tristeza chegam à crueldade.
Toda a expressão deles mora nos olhos – e perde-se
a um simples baixar de cílios, a uma sombra.
Nada nos pêlos, nos extremos de inconcebível fragilidade,
e como neles há pouca montanha,
e que secura e que reentrâncias e que
impossibilidade de se organizarem em formas calmas,
permanentes e necessárias. Têm, talvez,
certa graça melancólica (um minuto) e com isto se fazem
perdoar a agitação incômoda e o translúcido
vazio interior que os torna tão pobres e carecidose emitir sons absurdos e agônicos: desejo, amor, ciúme
(que sabemos nós?), sons que se despedaçam e tombam no campo
como pedras aflitas e queimam a erva e a água,e difícil, depois disto, é ruminarmos nossa verdade.
Carlos Drummond de Andrade
Os cursistas são demais!


Como a TV vê os homens

Presente em todo o tempo
Mas, ausente
Sem diálogo, sem interação
Imóvel, estático
Seu refúgio, seu vício, seu luxo
Su sonho de consumo
Ficas sem tempo, sem razão antissocial
Selo seu sonho, acompanho tuas refeições, prisioneiro, só vês a mim
Seu filho chora, sua mulher implora
um pouco de carinho
Impaciente
Incompreensivo
Aprisionado
Dominado
Monótomo

Mesmo assim, não me
Abandonas!

Elisângela
Maria Margarida

$ $
Como o dinheiro vê o homem!


No início de tudo um ser frágil, indeciso,
Que mantém a pureza dos sentimentos e também
Do desejo.
Ainda não o conheço. O tempo passa.
O apresentam a ele. E então, repentinamente,
A transformação. Eis agora um ser único,
Precioso e que se valoriza a cada instante.

Pensa que consome, mas é manipulado pelo
Seu consumo desenfreado. Tornou-se um escravo
E sua consciência vala 30 dinheiros.
O frágil ser, agora é forte.
O indeciso é preciso.
A pureza se transforma em luxúria e avareza.
Desejos são agora realidade e um mundo de
Possibilidades.
Manipula notas, moedas, cartões, senhas contaminados por toda sorte de fungos e bactérias, enquanto contabiliza novos gastos.

No auge, somos de amores, mas nunca de amor
De poder, nunca de caridade.
Dividir, jamais!

Ana Maria do Nascimento
Sonia Maria Poscher
Viviane Brenardes


6° momento: Filme: Tapete Vermelho. Nos divertimos muito, sofremos juntamente com os protagonistas e adoramos a crítica que a obra cinematográfica expressa.

7° momento: Cursistas em ação: atividades relacionadas ao filme. Como o filme traz a forte presença do nosso folclore, os cursistas desenvolveriam uma aula envolvendo essa temática, executarem a proposta para a devida apresentação que será no próximo encontro.

7° momento: Projeto em curso. Alguns cursistas entregaram os seus projetos. Muito interessantes.

8° momento: Lição de casa – TP4. Escolha da atividade para aplicar em sala.

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