domingo, 8 de março de 2009

Outra atividade muito interessante foi referente à casa de Eduardo, esta atividade é magnífica para trabalhar os variados gêneros com os alunos.



Eu não queria, mas fui contando tudo, as palavras foram saindo sem eu mesmo pensar, meu pai ficou bebendo-as e de gole em gole, embriagava-se de desejo.
Nunca tive nenhum amigo, conheci Eduardo na pracinha, a bicicleta dele era a mais linda que eu já vi, até me deixou andar, ele nunca se importou de brincar comigo por eu ser assim, sabe, um sem nada... e não ligava para os comentários do amigos, tudo filho de bacana, uns merdinhas, ele não, o Eduardo era gente fina, finíssima!
Me levou na sua casa, me mostrou detalhes, a mãe que nunca estava nas quintas-feiras, a porta lateral sempre aberta para as irmãs entrarem e saírem, nenhum vizinho próximo, o cofre, as jóias, moedas raras, fiquei deslumbrado, parecia aquelas casas e filme americano.. Cheguei em casa e fui descrevendo tudo o que vira.
Seu Delegado, se eu soubesse... não teria falado nada para o meu pai. Meu pai não estaria agora preso e Eduardo teria ainda seu pai.

Márcia Gandolfi Cristofolini

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